quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Manifesto Movimento Mãos Limpas Amapá - 21/09/2010


Após um período de inatividade do blog, mas não do movimento ACORDA AMAPÁ retornamos com a divulgação do manifesto a respeito da situação político institucional vivida em nosso Estado.

Além de monitorar as iniciativas de "grandes projetos" de mineração, hidrelétricas e agro-negócio já existentes e aquelas apresentadas pelos políticos como a unica alternativa para desenvolvimento econômico, geração de empregos, etc., nos integramos nas causas relevante para a sociedade, e muito do que ocorreu na Operação Mãos Limpas deflagrada pela Polícia Federal era de conhecimento público no Estado.

Nos agregamos ao Movimento Mãos Limpas e reproduzimos a partir daqui nosso manifesto bem como algumas imagens de nossa última ação.

A seqüencia das fotos está na ordem inversa dos acontecimentos, isto é a primeira é de nosso encerramento e caminhada para a Praça da Bandeira, e a última do inicio da manifestação. A segunda foto registra a prisão do Dorinaldo, que foi ordenada pelo chefe do Gabinete Militar (senhor calvo de camisa escura listrada).








MANIFESTO DO MOVIMENTO MÃOS LIMPAS AMAPÁ

O ATO: Movimento Mãos Limpas

O Amapá vive uma situação tempestuosa. Depois de 10 (dez) dias de prisão, o retorno do Governador do Estado do Amapá foi marcado por um clima obscuro. Sob uma chuva torrencial e apoios duvidosos, o povo do Amapá assistiu a tudo isso com uma indignação silenciosa. Em contra partida, a manhã do dia 21 transição para a Primavera, foi marcada pela mobilização do Movimento Mãos Limpas, que congrega entidades da sociedade civil organizada. Temos como bandeira de luta a Intervenção Federal no Estado, pela condição de envolvimento de todos os poderes com a corrupção. Bem como, o ”Impeachment” do atual governador, envolvido na maior crise política e moral do país e, portanto não deveria retornar naturalmente às suas funções.

A PRISÃO POLÍTICA: Arbitrariedade

O desfecho do Ato foi a expressão mais clara do que o Movimento Mãos Limpas vem denunciando: um estado de ilegalidade em que a máquina pública está a serviço de um grupo político. Por determinação de uma autoridade do Palácio do Governo foi ordenada a prisão de um dos coordenadores do movimento, sem que o mesmo tivesse esboçado qualquer iniciativa que atentasse à segurança pública. Por ordem do Governador, o assessor de imprensa da Casa Civil determinou que os policiais militares dessem voz de prisão a Dorinaldo Malafaia (SINDESAÚDE) sob a acusação de injuria e calúnia. Numa segunda tentativa de coerção, um Oficial Superior da PM, à paisana, consumou a arbitrariedade determinando que o Oficial de Serviço o conduzisse preso.

Na delegacia, as testemunhas de acusação eram detentores de cargo de confiança do governador, e como o suposto ofendido (o Governador Pedro Paulo) não compareceu para prestar queixa, Dorinaldo foi liberado e comunicado que será chamado ao Fórum, no próximo dia 18 de Outubro para uma audiência.

TERRA SEM LEI

Não concordamos com as declarações do Ministro Ricardo Lewandowski, do TSE, onde afirma que “no Amapá a situação está sob pleno controle das autoridades judiciárias eleitorais locais, e que as eleições transcorrerão normalmente”. O que presenciamos foram atentados a democracia, que revelam a incapacidade dessas autoridades realizarem um pleito eleitoral com equilíbrio e segurança para a população.

Exigimos o apoio de forças federais no estado, sob pena de sermos vitimas de violência desses políticos corruptos e de novamente ocorrer uma desenfreada compra de votos na véspera e no dia da eleição.

Continuamos apostando na mobilização de trabalhadores e estudantes, que a exemplo de Brasília derrubaram o governador Arruda, demonstrando que só com o povo na rua é possível a punição daqueles que roubam dinheiro público!

Convidamos aos cidadãos de bem de nosso estado, a todos aqueles que estão indignados com a corrupção institucionalizada em todos os poderes que assinem nossos manifestos e compareçam aos próximos atos públicos do movimento mãos limpas.

Assinam:

SINDESAÚDE-UNIDOS PRA LUTAR, MCCE, SINASEMPU-AP, DCE E CA’S UNIFAP, CASA DA CULTURA, FESFEAP, FAOR, ANEL, CSP-CONLUTAS, CRESS/AP, IMENA, PASTORAL DA JUVENTUDE , SINDINAPI-AP, RECIDI-AP, MOV. ACORDA AMAPÁ, GTA- REGIONAL AP, SINCOTRAP e JUV. VAMOS À LUTA.